sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

hormonas

Há textos que são encomendados, e este é um bom exemplo disso. O que, se por um lado, torna a coisa difícil pela pressão de escrever qualquer coisa quando não se tem nada sobre o que escrever (que é, basicamente, o que tem acontecido desde o início deste bonito espaço!), por outro alimenta o ego. Sempre houve alguém a querer ler alguma coisa, por mais parva que fosse, escrita por nós. E como gostos não se discutem (a não ser neste blogue, onde se discute tudo, principalmente os gostos dos outros!), o pessoal adere, respeita e cumpre.
Então aqui vai. Diz que o Verão está a chegar. E diz que, com o Verão, as hormonas. O que é sempre perigoso. Desenganem-se aqueles que pensam que as hormonas fazem parte de nós e que as podemos domar. Tenho cá para mim que as tipas dão de frosques logo no início do Outono e nos atacam em força ao mínimo raio de sol. E que, normalmente, trazem reforços! O que significa que todos os anos assistimos a uma verdadeira chacina. As tipas não brincam em serviço! Atingidos os 18ºC, é ver o pessoal a desenvolver uma estranha reacção cutânea, que obriga as roupas a saltarem e as dúvidas a instalarem-se. Já repararam que é normalmente nesta altura do ano que surgem todas as dúvidas existenciais?! Ainda nem 3 meses passaram das resoluções de Ano Novo (que é uma coisa que me irrita tanto como o dia dos namorados e o carnaval...) e tungas! Lá está o pessoal a fazer balanços! "Isto está a ficar muito sério"; "isto está a ficar muito monótono"; "isto está a ficar pesado"; "preciso de espaço" (aqui está uma expressão que me revolve as entranhas!!!); "não consigo assumir compromissos agora". A panóplia de disparates é sempre a mesma e é disparada em todas as direcções, desde Março até, pelo menos, Setembro.
Por isso, meus amigos, se quiserem sobreviver a mais um Verão, deixem as roupas cair mas droguem-se fortemente! Morte às hormonas!!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Viva a democracia!

hoje , enquanto esperava o meu scone, ouvi este diálogo:

rapaz: o que é que vais lanchar?
rapariga: vou beber um chá de cereja japonesa e um scone.
rapaz : que fina!
rapariga: pois sou ! eu sou de boas famílias.
rapaz : Tu és de esquerda pá!
rapariga: ja te disse que sou de centro direita mas apesar de ser de direita , sou liberal em termos económicos. Por isso é que digo que sou de centro , porque apesar de ser de direita , sou também liberal.

Moral da história: o Sócrates anda a confundir a malta
O que assusta: o voto destes tipos vale tanto como o meu!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ufff! Acabou!

Eu odeio Fevereiro ( ainda bem que tem menos dias que os outros meses)!
Acho Fevereiro o mês mais deprimente do ano. Todos os dias 1 de Fevereiro penso : como é que eu vou sobreviver a mais um dia dos namorados? Acabo por sobreviver mas , meus amigos, elas não matam mas moem! e esta coisa do dia dos namorados tem dado cabo de mim, mesmo em alturas em que me encontrava enamorada!

No dia dos namorados evito ouvir rádio, não olho para montras e tento jantar em casa… e nem é por não se conseguir jantar em lado nenhum ou por ter medo que as pessoas julguem que estou a comemorar o dia dos namorados, é porque me deprime ver casais a jantar no dia dos namorados. Este ano, quando o dia dos namorados acabou, senti um alívio mas, entrei logo em pânico porque me lembrei que logo a seguir era o carnaval e pior que o dia dos namorados, que é um dia, é o carnaval, que são 3!

Este ano fui comprar uma máscara para o meu filho (que me custou 40 euros) que, era efectivamente gira.
No dia em que as criancinhas vão todas mascaradas para a escola, o meu filho disse-me que não se queria mascarar. Senti uma raiva momentânea por ter gasto 40 euros “pró boneco” mas, logo de seguida, enchi-me de orgulho por ele de pequenino já não gostar do carnaval! Sim, porque confesso, eu na idade dele, adorava o carnaval. Mas o carnaval era mais giro, mais que não fosse porque juntando vários “estalinhos“ (que para quem não se lembre, eram uns papelinhos com pólvora lá dentro) podíamos fazer uma "super bomba" que até rebentava os lavatórios…. e as máscaras … este ano cheguei à escola do meu filho (carregada com a máscara de 40 euros que tinha extintor e tudo e que ele nem na escola quis vestir) e todas as criançinhas estavam vestidas de ruca e noddy, com uns tecidos altamente inflamáveis ( e depois proibem as bombas, as abelhinhas etc).
No meu tempo, as crianças tinham de esclarecer de que é que estavam máscaradas porque havia pais menos jeitosos nos trabalhos manuais .... hoje, não há que enganar!


Há coisas que não se percebem. Por que é que se continua a vender máscaras do Zorro se nenhum míudo de hoje em dia sabe quem é esse tipo?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

From F Botto e joaozinho

http://www.nimportequi.com/video_popupDM.php?s=dm&v=3ZusZylGLuM9vgVXe


ou

http://www.nimportequi.com/

tradições...

Este fim-de-semana fui à Serra da Estrela.A Serra da Estrela perdeu o seu encanto…. ah pois é!… já não se vê a “ malta do garrafão “, já não se vê as velhas vestidas de preto como se fossem à missa (porque a ocasião da excursão à Serra da Estrela merecia a sua melhor roupa) e a escorregar na neve sentadas num saco do lixo preto (daqueles de 5lts) . agora anda tudo devidamente equipado com uns conjuntinhos de marca quechua (que é a marca branca da decathon) e com uns sucedâneos dos saudosos sacos de plástico mas mais modernos e com pretensões de design que por lá se vendem. Valha-nos a alegria de do facto “destas coisas” de cor verde alface não terem travões! Se assim não tivesse sido e se não tivesse sido presenteada com quedas aparatosas, teria sido uma seca ter ido à Serra da Estrela.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

E agora voltava!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Love is the air

(Todos os nomes são ficticios para esconder a identidade dos participantes)
No outro dia o meu amigo João veio falar comigo.
O meu amigo João é casado com a Bia há anos. Têm uma filha. O meu amigo João está apaixonado pela Margarida mas diz –me: - Eu gosto da Bia (mulher), não estou apaixonado pela Margarida. Quando quiser acabar com este sentimento, acabo! (um alcoolico que começa a beber favaios logo às 9 da manhã também diz: - Bebo porque gosto, quando quiser deixar de beber, deixo.)

O meu amigo João tem resistido (heroicamente) à tentação de ter alguma coisa com a Margarida que por sua vez, também está apaixonada pelo meu amigo João.
O meu amigo João não sabe que a Margarida está apaixonada por ele e tem medo que a Margarida se esteja a apaixonar pelo Hugo. Não me parece.
Ainda que isso esteja a acontecer, isto é, ainda que a Margarida esteja a desistir do que sente pelo amigo João por não ver a luz ao fundo do túnel, não há perigo. Não há perigo porque eu sei que o Hugo está apaixonado pela Luísa. A Luísa sabe que o Hugo está apaixonado por ela mas a Luísa não está apaixonada pelo Hugo. Não sei porque quem é que a Luísa está apaixonada , era lindo que fosse pelo meu amigo João… mas acho que não. Acho que a Luísa não está apaixonada por ninguém. Ainda assim, e tendo eu a certeza que isto vai dar merda, é uma cena hilariante! Principalmente para mim , que tenho informação previligiada de todas as frentes .Viva o amor e esta malta que me dá uma animaçãozita à vida !

P.S. – Ainda tenho amigos que vão de fim-de-semana com a namorada e dizem aos amigos e ( entenda-se melhores amigos) que vão trabalhar para o estrangeiro porque já não têm coragem de dizer aos amigos que voltaram a namorar e que entretanto são descobertos com a cena das tecnologias; Outros que passeam pelas ruas de Lisboa com um ar apaixonado e depois , afinal percebem que não estão apaixonados porque não conseguiram partilhar o champoo; outros que há 10 anos que andam por aí a ser qualquer coisa que ninguém sabe o que são…e outros que se piram lá para bem longe e nos dão informações sobre a sua vida amorosa por frases telegraficas e por mail.

Eu não digo?! Prozaaaac!



Ahahahahaha

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

In Treatment

Esta série foi-me recomendada pelo meu irmão, que disse que tem tudo a ver comigo. Ele conhece-me. E a dica não deixa de ser assustadora... Afastado o susto, tenho de confessar que gosto de pensar em mim nesses termos: "em tratamento", assim como se estivesse "em construção". Dá um ar de coisa inacabada e com potencialidades de melhoras visíveis. À semelhança do estádio do Benfica. Não que me pareça que vá ter grandes melhoras. Nem eu nem o estádio... Mas a ideia de passar a vida em psicoterapia agrada-me. A ideia de tomar drogas para ajudar a "sessão", agrada-me mais ainda. Não sei se já tentaram fazer psicoterapia "limpos", mas a coisa não é fácil! Ficamos com ar de parvos, sem saber o que dizer, o que não acontece quando temos ajuda do grande P (de Prozac), que nos faz disparar disparates como se fossem puns depois de uma feijoada. Gosto disso. Dos disparates, não dos puns. E pronto. Com esta me fico. Um grande bem-haja a todos os que se encontram em tratamento, aos que já estiveram em tratamento e, especialmente, aos que precisam urgentemente de tratamento!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cunhas

Preciso de alguém que conheça alguém, directamente ou por intermédio de outro alguém, que me arranje Prozac! Este não é um pedido de ajuda suficiente?! Vejam bem como está o meu cérebro neste momento e compadeçam-se...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

E não é que...?

Estava aqui descansada a trabalhar, quando me assolou uma espécie de angústia, insatisfação, necessidade… Levantei-me e fui, obviamente, comer. O meu estômago tem esta coisa irritante de falar comigo por interpostas sensações, e sai sempre a ganhar. Quem se lixa são as desgraçadas das coxas, que não têm culpa de nada e acabam por levar com as manhas do outro para o resto da vida. Cabrão… Enfim. Mas como eu estava a dizer, e já depois de perceber que a coisa não era nenhum sinal destorcido e manhoso enviado pelo estômago, a angústia, insatisfação, necessidade continuaram. Percebi que sentia falta de uma coisa que nunca vivi, de um cheiro que nunca senti, de uma imagem que nunca vi. Não, não estou a entrar numa onda romântica enjoativa. Aliás, para ser sincera, sempre me irritaram as pessoas que falam de uma forma esquisita e que o justificam dizendo estar apaixonadas, quando o fazem, única e simplesmente, porque são iletradas e têm uma incapacidade certificada para expor ideias. Nunca as minhas paixões provocaram em mim uma limpeza no meu léxico (Nota para os “apaixonados”: léxico = vocabulário; lista dos vocábulos de uma lista). Muito pelo contrário! Acho que não deve haver altura em que tenho mais soltura verbal! Digo tudo o que me passa pela cabeça, à semelhança do que me acontecia quando estava a Prozac. Agora, bem vistas as coisas, acho que nunca estive apaixonada sem Prozac… E ainda dizem que não há coincidências!!! Deixam-me doida! Enfim… isto tudo para dizer que descobri que a angústia, insatisfação e necessidade que eu estava a sentir, a sensação de falta de uma coisa que nunca vivi, de um cheiro que nunca senti, de uma imagem que nunca vi… era Marrocos! Nunca lá fui e acho que ia gostar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sou yours (que é para dar para tudo)!

Podia ser outra música qualquer (como uma música de uma tuna que eu conheço...) , mas é esta (graças a deus que não é a outra!!!) que anda na boca de muita gente, ultimamente. Por isso, e porque o nosso espaço musical é assim, aberto, tolerante, e acima de tudo, apoiante de novas paixões, aqui fica.